AGUARDEM REPORTAGEM E FOTOS DESTE EVENTO DO DMLC
CLIQUEM NO LINK https://distritolc6.org.br/ii-reuniao-do-conselho-de-governadores-do-distrito-multiplo-lc-dias-23-e-4-de-fevereiro-de-2-024-ribeirao-preto-sp/ E VEJAM FOTOS
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Ribeirão Preto, 07 de fevereiro de 2024
Aos
Estimados Companheiros-Leão e dulcíssimas Companheiras-Leão
Foi realizada aqui em Ribeirão Preto/SP, nos dias 02 e 03 de fevereiro de 2024, nas dependências do Hotel Dan Inn, a 2.ª Reunião do Conselho de Governadores do Distrito Múltiplo LC do ano leonístico 2023-2024.
Tive, pessoalmente, duas surpresas durante o referido evento.
A primeira por ter sido convidado para ser o Orador Oficial da reunião. Conforme disse no próprio pronunciamento que fiz na ocasião, acredito que o honroso convite, para ocupar lugar que certamente caberia a outros magníficos dirigentes presentes, foi pelo fato de ter nascido em Ribeirão Preto, ser um cidadão genuinamente ribeirão-pretano, e o evento estar sendo realizado aqui na minha querida cidade. Apenas por isso!
A segunda surpresa foi por ter recebido, após minha manifestação, dezenas de pedidos de estimados Companheiros-Leão e dulcíssimas Companheiras-Leão e Domadoras, solicitando para que lhes enviassem cópia do meu pronunciamento. Também acredito que tais solicitações foram feitas mais em razão da amizade que nos une do que a qualquer outro mérito.
Mesmo assim, e independentemente de qualquer outra interpretação, estou anexando cópia do pronunciamento que fiz por ocasião da sessão de instalação daquela 2.ª RCG do DMLC, para apreciação de eventuais interessados.
Fraterno abraço a todos e a todas.
PDG MJF ANTONIO DOMINGOS ANDRIANI
PRONUNCIAMENTO DO PDF MJF ANTONIO DOMINGOS ANDRIANI NA SESSÃO SOLENE DE INSTALAÇÃO DA 2.ª RCG DO DISTRITO MÚLTIPLO LC, REALIZADA NA CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO/SP, NA NOITE DO DIA 02 DE FEVEREIRO DE 2024.
Boa noite a todos e a todas.
Acredito que o honroso convite para minha presença nesta tribuna, na noite de hoje, ocupando lugar de outros expoentes dirigentes aqui presentes, deve-se ao fato de eu ser um Leão que nasceu nesta cidade e este evento estar sendo realizado na minha querida Ribeirão Preto. Este o único motivo da minha participação e presença nesta tribuna.
Durante toda minha vida leonística sempre disse, e volto a repetir hoje, que não sou orador, por ser desprovido de uma dicção apreciável, e muito menos palestrante, pela ausência que tenho de conhecimentos razoáveis.
Sou apenas um velho Companheiro-Leão que, há mais de 40 anos, e já beirando os 84 anos de idade, que, embora desprovido de qualquer capacidade literária, gosta de escrever sobre o leonismo e garimpar pelas águas límpidas do nosso movimento em busca de novos conhecimentos.
É por esse motivo que me valho, costumeiramente, do apoio escrito e das velhas anotações para poder conversar com vocês em momentos de importância como este para, principalmente, dadas minhas limitações, tentar não me perder nas palavras. E volto, agora, a utilizar o apoio escrito para me manifestar.
Quero cumprimentar o notável Companheiro-Leão Rubens Mesadri, presidente do nosso Distrito Múltiplo LC, em nome do qual cumprimento os estimados Companheiros-Leão Governadores e as dulcíssimas Companheiras-Leão Governadoras deste ano leonístico 2023-2024, cujo Colegiado Fênix é a razão de ser desta 2.ª Reunião do Gabinete Distrital do DMLC.
Quero cumprimentar o notável Companheiro-Leão Manoel Messias Mello, nosso Diretor Internacional da Área 3, em nome do qual cumprimento os ilustres dirigentes presentes a este evento.
Quero cumprimentar o notável PCC José Gomes Duba das Chagas, Presidente 2021-2022 do DMLC, em nome do qual cumprimento todos os ilustres Ex-Governadores aqui presentes. Estamos em fevereiro e, com ele, registra-se uma das mais significativas efemérides do calendário leonístico: comemora-se o mês consagrado aos nossos Governadores de anos anteriores. Parabéns e muito obrigado pelo que vocês fizeram e fazem pelo nosso movimento.
Quero cumprimentar o notável Companheiro-Leão e Ex-Governador Antonio Paulo Caliento, Diretor-Geral desta reunião, em nome do qual cumprimento todos os Companheiros-Leão, Companheiras-Leão, Domadoras, Leos, Juventude Leonística e visitantes ilustres.
Amigos todos e amigas todas.
Estamos no vigésimo quarto ano do milênio, quando podemos afirmar categoricamente que o mundo de hoje é uma aldeia global.
A globalização, em todos os segmentos da sociedade, está provocando aquilo que se chama de “integração entre povos”
Sem esta integração os países que a ela não aderirem não sobreviverão ou, se conseguirem, ficarão limitados e circunscritos ao seu próprio território, sem perspectivas e sem evolução.
E tudo isso vem criando uma grande expectativa com relação ao que teremos pela frente durante os próximos anos, ou mesmo no decorrer deste século, que desde o seu início foi inexoravelmente atingido pela globalização.
E o nosso leonismo, como vai ficar frente a esta globalização?
Precisamos fazer uma reflexão!
É preciso reconhecer que Lions Internacional, nos últimos anos, tem procurado levar nosso movimento para a modernidade, colocando-o ao alcance da globalização.
Novos programas, campanhas e conceitos foram lançados. Novas metas foram idealizadas e sugeridas para nosso desenvolvimento, procurando Lions Internacional fazer com que o leonismo não fique na contramão dos tempos atuais.
Tempos atrás, sentindo a vontade dos Leões em se multiplicarem além das fronteiras, oceanos e continentes, e sentindo a necessidade de verdadeiramente mudar nosso mundo, Lions Internacional reuniu nosso serviço em torno de 5 áreas de necessidades.
Foi assim que surgiram nossas Causas Globais voltadas para câncer infantil, diabetes, fome, visão e meio ambiente. Essas causas globais apresentavam e apresentam desafios significativos para a humanidade, creditando ao nosso movimento uma forma de enfrenta-los.
No último ano apesar de já estar causando impacto em todo mundo, Lions Internacional resolveu oficializar outras 3 causas globais às 5 já existentes, que são juventude, socorro às vítimas de catástrofes e serviços humanitários.
Agora são 8 as Causas Globais que o leonismo oferece para atendimento às necessidades comunitárias em todo mundo, visando enfrentar a globalização.
Há, agora, mais um fato relacionado com as diretrizes das nossas ações. Lions Internacional acaba de lançar a campanha Missão 1.5.
Esta campanha é um reforço para que, nos próximos 4 anos, possamos atingir a meta histórica de um milhão e meio de associados em todo mundo, a fim de podermos melhor atender as crescentes necessidades das nossas comunidades e servir mais pessoas do que nunca.
A missão 1.5 é uma meta envolvente de Lions Internacional partindo de hoje para o futuro.
No entanto, aqueles Leões de juba branca, como eu, ou mesmo aqueles que já quase não tem mais juba, e que vivenciaram os anos dourados do leonismo no final do século passado, sabem que essa Missão 1.5 de Lions Internacional não chega a ser grande novidade.
O saudoso Ex-Presidente Internacional Augustin Soliva, quando assumiu a presidência de Lions Internacional, a partir de 01 de julho de 1996, tinha como meta principal da sua missão de construir pontes, fazer com que Lions Internacional chegasse a 1,5 milhão de associados ao término do seu mandato.
Quando assumiu, Soliva contava com 1.425.310 associados e 43.373 Clubes. Apesar de todo seu esforço e dedicação, não conseguiu atingir sua meta maior, mas entregou ao seu sucessor Howard Petterson, Presidente Internacional 1997-1998, um movimento com cerca de 1.450.000 associados.
E convém destacar que, naquele ano leonístico 1996-1997, não existia a facilidade de transformar Domadoras em Companheiras-Leão.
Agora, em dezembro de 2023, Lions Internacional fechou o ano e seu balanço com 1.375.624 associados e 48.806 Clubes. São dados oficiais!
Assim, mais de 27 anos depois de Soliva, e apesar de contar com 48.806 Clubes e um recorde de 172 países e 34 áreas geográficas no mundo, nosso número de associados decresceu para 1.357.624, ou seja, uma redução de mais de 90.000 associados.
Vejam o exemplo do Brasil:
Na era Soliva/Presidente Internacional, em 1996-1997, tínhamos 1.814 Clubes e 48.484 associados.
Agora, em 31 de dezembro de 2023, fechamos o ano com 1.389 Clubes e 36.296 associados. Ou seja, uma redução de 425 Clubes e 12.188 associados nos últimos 27 anos. São dados oficiais!
Precisamos refletir sobre isso!
É verdade que, a partir de 2020, o mundo foi atingido pela terrível pandemia da Covid-19.
A sociedade foi atingida como um todo por aquele vírus mortal e invisível que, até hoje, infelizmente, não foi totalmente extirpado.
No Lions, a trágica pandemia serviu como um divisor de águas em muitas das nossas unidades abalando suas estruturas e atingindo suas pilastras de sustentação, inclusive e principalmente o quadro associativo.
Muitos associados sofreram com a situação!
A catástrofe sanitária da pandemia acentuou os desgastes nas engrenagens de uma parte considerável dos nossos Clubes, desorganizou a cadeia das suas gestões e turbinou seus problemas financeiros.
Mas, na verdade, e por outro lado, não podemos tapar o sol com a peneira para uma realidade factual.
O Lions, já há alguns anos, tem empobrecido de forma significativa. É preciso reconhecer que uma expressiva maioria dos nossos associados, hoje não é composta por membros que possuem folgada estrutura financeira.
Houve completa inversão de valores!
O Lions de outrora, dos chamados anos dourados, era constituído, em sua acentuada maioria, por um grupo de pessoas que possuía apreciáveis recursos financeiros.
Hoje a situação é outra!
O Lions empobreceu de uma forma visível e cristalina.
E, por favor, não pensem que estou desmerecendo os extraordinários Companheiros-Leão que não possuem uma atividade profissional de acentuada estrutura. Eu os respeito, e muito, pois sou um deles e faço parte do valoroso grupo.
A realidade é que a pandemia da Covid-19, ainda não totalmente extirpada, foi a causa do afastamento de uma razoável parte dos nossos associados, muitos dos quais, embora amando o leonismo, precisaram dar preferência de atendimento ao bem-estar dos seus familiares.
No entanto, e apesar dos pesares, faz-se necessário registrar que a queda do número dos nossos associados já vinha ocorrendo muito antes de 2020 e da pandemia.
A presidente Patti Hill, do Lions Internacional, em sua última mensagem, exarada no dia 12 de janeiro de 2024, dentro do seu programa de transformar o mundo, incentiva todos os Leões a dar um passo importante e convidar novos associados a se juntarem a nós no serviço global desinteressado. E esse seu apelo está aliado à campanha Missão 1.5.
A missão 1.5, como já disse, é um esforço que exige grande dedicação. É um comprometimento para que, nos próximos 4 anos, possamos alcançar esta histórica meta de aumento de associados nos Lions Clubes.
Lions Internacional afirma, em suas mensagens, que a nossa Abordagem Global do Quadro de Associados, na Missão 1.5, foi elaborada para REVITALIZAR OS CLUBES EXISTENTES, fundar novos Clubes e inspirar todos os Leões por meio de companheirismo e serviços incríveis.
Quero aproveitar esta brecha oferecida por Lions Internacional ao dizer que uma das abordagens para a campanha Missão 1.5 será REVITALIZAR OS CLUBES EXISTENTES.
Este, no meu modesto entendimento é um ponto crucial do movimento leonístico dos tempos atuais: REVITALIZAR NOSSOS CLUBES.
Não se trata, por óbvio, de esconder a realidade. Mas também é preciso dar o outro lado, o lado da verdade. Não devemos ocultar as trevas. Mas temos o dever de mostrar as luzes que teimam em brilhar apenas no fim do túnel.
Chegou a hora de pensar nos Clubes que estão precisando de ajuda e apoio. Nossos Clubes precisam sobreviver. E sobreviver exige força de vontade leonística.
Se os exemplos de Clubes bem-sucedidos são consistentes e múltiplos, também o são os desafios que temos de uma agenda impositiva para socorrer os Clubes que precisam de ajuda.
O dever de casa vai da qualificação que eles precisam ter e passa por melhorias na forma de administrar cada unidade.
Em vez de ficarmos refém do diz-que-diz, do blá-blá-blá inconsistente, é preciso mergulharmos de cabeça em ações que ajudem a recriar os verdadeiros Clubes de Serviço.
Não podemos continuar olhando para o retrovisor.
Precisamos oportunizar a visão do tempo. E que, neste posto do presente, no único tempo que temos, é preciso elaborar um olhar estratégico sobre a atualidade dos nossos Clubes, considerando os ecos dos caminhos que nos trouxeram até aqui e também as inspirações e oportunidades que nos movem adiante.
Meu sonho sempre foi deparar com um Presidente Internacional que, ao tomar posse, proponha como meta da sua gestão a realização de uma campanha de “APOIO E FORTALECIMENTO DOS CLUBES EM TODO MUNDO QUE ESTÃO EM DIFICULDADES”.
Quiçá esse sonho tenha início e comece a se materializar no próximo ano leonístico, quando teremos mais um brasileiro à frente dos destinos da nossa entidade maior.
E ele tem essa possibilidade, pois possui corpo técnico e recursos suficientes para criar e desenvolver uma campanha desta natureza. E uma campanha como esta teria o objetivo de reforçar a importância dos nossos Clubes na base de sustentação do nosso movimento.
E é relevantíssimo que os nossos Governadores e dirigentes, atuais e futuros, incentivem a criação desta campanha. Uma campanha desta natureza servirá para impulsionar o trabalho de recuperação dos nossos Clubes.
Conhecer, debater e não esquecer de ajudar são ações essenciais que podem ser adotadas por Lions Internacional e, de forma objetiva, capazes de dissipar os problemas que emergem em muitos Clubes que passam por dificuldades.
O movimento leonístico, no meu modesto entendimento, passa por um momento de transformação. Trata-se de um fato global.
É preciso ir ao encontro desta transformação, espantar os dilemas e saber construir oportunidades.
O cenário preocupa. Exige reflexão, autocrítica e coragem. Todos nós, sem exceção, percebemos que chegou para o leonismo dos Clubes a hora da reinvenção. E a transformação é uma questão de sobrevivência.
Se Lions Internacional não realizar uma campanha para recuperação dos seus Clubes em dificuldades, como diz sua própria campanha da Missão 1,5, dificilmente vai colher o que foi e o que está sendo plantado.
O Estatuto Padrão para Lions Clubes, adotado por Lions Internacional, que foi atualizado recentemente e entrou em vigor no dia 11 de julho de 2023, estabelece que os Lions Clubes deverão se empenhar para manter um número mínimo de 20 associados, que é o número mínimo de associados para que possam receber e manter a sua Carta Constitutiva.
Ocorre que, mesmo antes da atualização do seu Estatuto Padrão para Lions Clubes, Lions Internacional lançou, para vigorar a partir do ano leonístico 2018-2019, um novo organograma determinando a estrutura organizacional para os seus Clubes afiliados.
Tive oportunidade, por ocasião do lançamento daquele organograma, de analisar e me manifestar sobre o projeto.
O novo organograma para Clubes implantado por Lions Internacional, no papel, é um programa fantástico, um verdadeiro sonho, que valoriza essencialmente a Equipe de Ação Global de cada unidade. Um organograma digno da modernidade deste século e atinado com a globalização.
Só que, olhando-se à luz da realidade, é um organograma que, só para compor a diretoria de cada Clube, necessita de um número mínimo de 20 associados ativos e conhecedores do leonismo. Isto apenas para preenchimento dos 20 cargos de diretoria propostos pelo organograma.
De se notar, também, que, além de todos os cargos propostos para a diretoria, o organograma alerta que o Diretor Social para um Lions Clube é cargo opcional, ou seja, a diretoria adota se quiser. Como um Diretor Social pode ser um cargo opcional? Cito apenas a questão do protocolo leonístico, cuja observância é uma das responsabilidades do referido cargo opcional. Se hoje o protocolo é esta “maravilha” que se vê por aí afora, imaginem sem a presença do Diretor Social.
Os dirigentes e técnicos de Oak Brook, ao preparar o novo organograma, não se preocuparam, antes, em procurar analisar a realidade de grande parte dos Clubes existentes por este mundo afora.
Um organograma da magnitude do que foi apresentado, precisa de um Clube que tenha um mínimo de 50 associados, com sua maioria em participação ativa.
Talvez o pessoal de Oak Brook, ao elaborar o novo organograma, levaram em conta alguns Clubes existentes no Japão, na Índia ou mesmo nos Estados Unidos que contam com cerca de 200 ou 300 associados em seus quadros.
A realidade, porém, é outra completamente diferente!
Ouso afirmar que, aqui mesmo em nosso Distrito LC-6 temos um máximo de 3 ou 4 Clubes que podem arcar com o organograma proposto por Lions Internacional. Os demais Clubes não têm estrutura e nem pessoal suficiente para assumir uma estrutura organizacional da forma que foi proposta.
Não julgo, mas acredito que em muitos Distritos do nosso Múltiplo o quadro não fuja dessa realidade.
Aqui no Brasil a situação atual dos Clubes que estão passando por dificuldades, tanto administrativa como financeiramente, chega a ser preocupante.
É preciso um olhar focado nesta situação!
Temos, atualmente, uma média de 30% dos nossos Clubes com menos de 20 associados. Entre eles, muitos com menos de 15 associados. E outros tantos com menos de 10 associados. É a realidade de hoje!
Por isso, acredito que Lions Internacional, como afirma em sua própria Abordagem Global do Quadro Associativo, dentro da campanha Missão 1.5 que está propondo, deve agir, antes e acima de tudo, para reabilitar seus Clubes existentes, especialmente aqueles que estão com faixa inferior a 20 associados.
Um denominador comum marca o achismo que invadiu as atividades de uma grande parte dos nossos Clubes, e que outrora tinham um espaço qualificado para desenvolvimento das suas atividades.
Ficou no retrovisor a larga avenida da globalização acelerada, que infelizmente não atingiu os nossos Clubes.
Existem falhas na direção de grande parte dos nossos Clubes? Existem e não são poucas!
E essas falhas vêm se acumulando ao longo dos anos. Seja por falta adequada no preparo e treinamento das suas próprias lideranças, seja principalmente pela descaracterização que deram à sua atuação com o decorrer do tempo, transformando essas unidades em Clubes Beneficentes ao invés de Clubes de Serviço que é o propósito do leonismo.
Outras falhas existentes em muitos Clubes podem ser apontadas e ser totalmente visíveis.
Existem falhas na deficiência estrutural das suas unidades.
Existem falhas no aspecto amadorista do trabalho desenvolvido.
Existem falhas na venda do nosso produto principal, que é a marca LIONS.
Existem falhas no preparo das lideranças que assumem a direção de cada Clube para o ano leonístico seguinte.
Existem falhas na falta de objetividade das reuniões que são realizadas.
Existem falhas na ausência de uma ação prática e real dos seus procedimentos.
Existem falhas no terrível desconhecimento que grande parte dos associados têm dos reais objetivos do leonismo, incluindo nossos Estatutos e normas regulamentadoras.
Existem falhas na ausência de campanhas que marquem nossa presença na comunidade, fazendo com que seus membros de aliem aos nossos.
Existem falhas na injustificada atuação no que diz respeito ao quadro associativo. Pouca gente se preocupa em convidar novos associados.
Aliás, sobre esta última falha que listei, gostaria de registrar que nosso notável Diretor Internacional, Manoel Messias Mello, em uma mensagem do seu ano que enviou aos Leões da América Latina, Caribe e México, e que constou em muitas Nominatas, nos traz uma passagem significativa sobre como recrutar nossos associados. Disse ele que foi ao escritório de contabilidade que presta serviços à sua empresa e, na oportunidade, perguntou ao proprietário: “Você não gostaria de pertencer ao Lions e ajudar as pessoas mais necessitadas?”. E ele de pronto respondeu: “Claro, como faço isso?”. Esta passagem, alicerçada pela simplicidade, é de um extraordinário valor leonístico! Por que não perpetuá-la no rol das atribuições dos Presidentes de Clubes?
Em todo este movimento, há necessidade de um requisito básico: precisamos de lideranças habilitadas a vislumbrar e conduzir as travessias que se impõem.
Necessitamos de líderes capazes de desenhar caminhos de superação e, ao mesmo tempo, capacitados a projetar horizontes promissores.
E por falar em horizontes, o comprometimento da viabilidade de alguns Clubes nos próximos anos está cada vez mais evidente.
Mas temos que demonstrar otimismo. Temos à nossa frente um formidável horizonte de reinvenção.
É preciso denunciar mazelas que ainda ocorrem em alguns Clubes com um olhar propositivo.
O passado deve ensinar o futuro. Podemos não voltar atrás, mas podemos orientar aquilo que vem pela frente.
Acredito que Lions Internacional precisa expandir suas conexões com o que acontece nos Clubes da sua jurisdição e ajuda-los de forma efetiva. Não seria uma bela bandeira, uma excelente causa a ser abraçada?
Sei que uma gota desta minha manifestação não vai servir para apagar o incêndio existente, mas estou procurando fazer a minha parte.
Se nada for feito positivamente, acredito que muito dos nossos Clubes correm o sério risco de não sobreviver à globalização.
Ou, como disse e nos ensinou Santo Agostinho, precisamos que a “visão do presente das coisas presentes” e a “esperança presente das coisas futuras” estejam cada vez mais aprimoradas em nosso movimento leonístico.
Muito obrigado a todos e a todas pela paciência da atenção.